Escolha uma Página

Entrevista com o Prof. Dr. Gilson Saippa de Oliveira

Graduado (Licenciatura e Bacharelado) em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense (1990-1991), Mestre em Saúde Pública, área de concentração em Políticas Públicas de Saúde (1998) e Doutor em Saúde Pública.

Qual é o conceito de Humanização em Saúde?
Temos várias possíveis leituras e caminhos para abordar a temática, mas podemos afirmar que “Humanizar” é colocar sujeitos em relação, relações estas pautadas na dimensão da construção de práticas e saberes dialógicos. Diálogo aqui não entendido apenas como comportamento verbal, mas em sentido mais abrangente como encontro, de comunicação em todos os níveis de relação, na qual o outro é visto como um ser essencialmente diferente de mim e de outros seres, porém universalmente idêntico a mim.

Como o Sr. vê a relação entre Humanização e Voz?
Curiosamente minha primeira e estimulante aproximação com as questões da Fonoaudiologia ocorreu por conta da minha participação na disciplina Trabalho de Campo Supervisionado em Fonoaudiologia TCSII (2011), discutindo temas relativos à construção de práticas de cuidado (humanizadas) em relação a Voz de trabalhadores (docentes). Nesta experiência, pude alinhavar inúmeras possibilidades de encontros de aproximações conceituais e operatórias, particularmente na clínica fonoaudiológica, entendida enquanto encontro de sujeitos, espaço de mediação pela comunicação, sendo a voz uma das mais instigantes e estimulantes expressões deste encontro.

Fale um pouco de sua trajetória na Promoção da Saúde.
Difícil, porém estimulante, posso falar de aprender com o outro, viver e vivenciar a partir do olhar do outro, construir junto e ao mesmo tempo valorizar as singularidades. Estou nesta construção desde 1989. Sou um aprendiz.

Como o Sr. vê a inserção da Fonoaudiologia na Promoção da Saúde e na Saúde Coletiva?
A Fonoaudiologia é uma profissão instigante e repleta de interfaces, como profissão tem um caminho em construção e tais temáticas podem contribuir, e muito, para consolidação de núcleos de saberes específicos, super potentes na direção do cuidado integral. Como campo de interfaces entre a saúde e educação pode contribuir muito para produção de interseções pedagógica e terapêutica na direção da construção da clínica do outro (aquilo que denominei acima como alteridade), seja no cotidiano das práticas de formação, na mediação com diferentes setores da sociedade civil ou nos processos de formação e trabalho.

Translate »
Skip to content